Cara de junho já chegou batendo um bolão. Confira fotos
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O jogador do mês, aliás, nosso cara do mês de junho jogou um bolão na Taça Hornet de Futebol da Diversidade. João Pedro de Oliveira Leote, 24 anos, é da cidade de Porto Alegre, estudante de fisioterapia e jogador do Magia Sport Club. Ele conversou com a gente e foi clicado em campo pelo nosso fotógrafo Leonardo Santos. Confira entrevista e fotos e sigam o gatão no Instagram.
Futebol sempre esteve presente na minha vida, desde pequeno. É engraçado ver uma paixão da vida se tornando algo grandioso pra outras pessoas. O futebol gay tá crescendo e está lindo. Eu sempre joguei na escola, mas naquela época não tinha diferenciação e eu também não sabia que era gay (juro).
Não sei se tem alguém que ainda não tenha sofrido algum tipo de preconceito. Nós, gays, acabamos sendo alvos por, simplesmente, gostar de outro cara. Já sofri com isso algumas vezes, mas talvez “sofrer” não seja a palavra certa. Se alguém tentou me rebaixar com isso, sinto muito, não conseguiu.
Eu sempre acreditei fortemente na monogamia. Era a única coisa certa. Mas observando casais de amigos e de pessoas que não tenho muito contato, vejo que não existe uma regra, ou melhor, uma regra certa. O certo é o que o casal, ou trisal, ou grupo acha melhor.
Futebol sempre foi minha paixão. Quem me conhece sabe o quanto eu me dedico dentro das 4 linhas. O quanto corro, suo, sorrio e o quanto me divirto! Eu quero muito do futebol. Sempre quis. Outro sonho é a inserção, futuramente, através da fisioterapia e que isso me possibilite o contato com o esporte.
Os meus amigos são as melhores pessoas desse mundo, junto com a minha família. Primeiro foi estranho verem um time de gays. Fizeram aquela cara de neyde. Mas depois, observando o projeto e o andamento da história, eles foram os primeiros a dizer “nossa, vocês mandam tão bem!”. Alguns já se juntaram e jogam comigo.
Hoje minha vida se resume em Faculdade e Magia + família e amigos. Larguei a vida militar e ingressei na faculdade. Como tenho aula em período integral, minha família me dá apoio no aluguel e eu passo a semana longe deles que moram no interior de Montenegro, uma cidade pequena.
Jogar futebol profissionalmente e ser gay ainda não combina. Por que motivo os gays não podem se assumir nos clubes? O preconceito existe sim. Está nos clubes, está nas ruas, na mídia, em todo lugar. Nossa forma de combate foi criar esses times onde só gays jogam. Se você é gay e ama o futebol, assim como eu, não deixe isso morrer!