Namoro e idade: você não está “velho demais” para qualquer coisa ou para qualquer um

Namoro e idade: você não está “velho demais” para qualquer coisa ou para qualquer um

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O etarismo (preconceito com idade) é algo desenfreado, culturalmente falando, uma vez que produtos e campanhas literalmente se baseiam na ideia de que o envelhecimento é ruim ou errado. O conceito de idade como algo para se esconder e evitar as pessoas mais velhas reforça o auto-ódio, atinge a conformidade e nega a autenticidade, que é uma referência de saúde mental e relacional. A ideia do “anti-envelhecimento” é construído sobre a proposta de que o envelhecimento é errado e um distúrbio para curar.

Psicologicamente e sexualmente, a idade é usada para envergonhar e oprimir as pessoas em conformidade. A questão é que não existe um “caminho certo” para se viver em relação à sua idade, especialmente para as minorias de todos os tipos que procuram viver fora da heteronormatividade.

Eu escuto etarismo e depreciação de pessoas velhas em conversas em cafeterias e vejo em posts de mídia social sobre namoro. A idade de um não promete um nível de maturidade ou determina a capacidade de ser um bom parceiro. Quanto ao namoro, a compatibilidade é o que mais importa, não a idade.

Eu digo aos meus pacientes para namorarem pessoas de qualquer idade que eles querem, desde que haja compatibilidade e cuidado. Existem muitos outros fatores que determinam a saúde psicológica e relacional, e a idade está longe de ser o determinante mais forte. No entanto, uma pessoa mais velha que namora mais jovem é considerada inerentemente errada, estranha ou de motivo questionável. O mais ofensivo é o escopo do “velho safado”. De alguma forma, enaltecer a característica “velha” torna essa pessoa mais ofensiva, porque ser velho é implicar ser ruim, não atraente e ser evitado.

Ninguém escapa totalmente do pânico imposto pelo envelhecimento e da sensação encoberta de precisar encontrar uma maneira de evitá-lo. Fica melhor para alguns, especialmente se você se encaixa no molde branco, atraente, mais jovem, alto, com corpo atlético e classe alta, mas o etarismo ainda é poderoso para todos nós, junto com o body-shaming, em que todos se unem para nos tornar menos seguros à medida que desenvolvemos.

Você não é “velho demais” para nada. Não é velho demais para usar algo, namorar uma pessoa, fazer uma mudança de carreira ou ser sexual. Viva a sua vida com base na ética e autenticidade.

Vivemos em um mundo com poderosas expectativas heterocêntricas sobre todos nós, independentemente de nossa orientação sexual, e esses ideais podem oprimir a todos nós, hetero ou não. É difícil para muitos imaginar uma verdade fora disso, pois todos nós nos comparamos a marcos heterocêntricos, com a pressão do envelhecimento “bem-sucedido” como sendo medido pelo casamento, propriedade de casa e uma vida centrada em crianças e carreira versus prazer e diversão.

Os não-heterossexuais têm diferentes normas sociais, nem todas boas, mas diferentes e valiosas, não precisando se alinhar com pessoas heterossexuais para se sentirem bem-sucedidas ou saudáveis.

A cultura pede que você renuncie à sua idade com cremes e tintura de cabelo, mas, em seguida, solicita que você a possua com a maneira como se veste ou vive sua vida.

Não aja como a sua idade; aja como você mesmo. Não date a idade apropriada, date-se apropriado a você mesmo. Seja orgulhoso, radical e aliado e não oprima a si mesmo ou aos outros com noções de idade.

Quais são suas experiências com etarismo? Deixe um comentário.

Dr. Chris Donaghue é palestrante, terapeuta e apresentador do podcast LoveLine, especialista semanal em The Amber Rose Show, e co-apresentador frequente da série de TV The Doctors. Ele já apresentou o WE Sex Box e é autor do livro Sexo Sem fronteiras: Sexualidade Autêntica numa Cultura Sexualmente Disfuncional que foi publicado em várias revistas profissionais e revistas de renome, incluindo o New York Times, Newsweek, Cosmo e National Geographic. Sigam-no no Twitter e no Instagram.

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