Primeira transexual do vôlei nacional é a maior pontuadora da liga feminina

Primeira transexual do vôlei nacional é a maior pontuadora da liga feminina

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A primeira atleta transexual a disputar a Superliga Feminina de Vôlei no Brasil já ganhou destaque na competição deste ano. Tiffanny Abreu de 33 anos fez, em seus três primeiros jogos pelo Bauru, 70 pontos, uma média de 23,3 por partida, a melhor da liga até agora.

A atleta, que teve sua transição de gênero iniciada em 2012, evoluiu ao longo da competição fazendo 15 pontos na estreia contra o São Caetano, depois 25 contra o Pinheiros e 30 diante do Fluminense. Embora seu time seja ainda o oitavo colocado da Superliga feminina, ela já é a melhor jogadora desde o início da competição.

Em recente entrevista à revista VEJA, a atleta falou sobre todo o seu processo de tratamento hormonal e da cirurgia de adequação sexual na sua transição para atleta trans, comentando também toda a polêmica que seu caso despertou nas redes sociais, inclusive entre atletas profissionais famosas como a ex-jogadora da seleção brasileira Ana Paula Henkel disse em suas redes sociais:

“Muitas jogadoras não vão se pronunciar, com medo da injusta patrulha, mas a maioria não acha justo uma trans jogar com as mulheres. E não é. Corpo foi construído com testosterona durante toda a vida. Não é preconceito, é fisiologia. Por que não então uma seleção feminina só com trans? Imbatível”.

Tiffany, que recebeu autorização da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) para disputar a Superliga no início de dezembro, teve que esperar dez meses de espera até a decisão. Em março do ano passado ela conseguiu liberação da Federação Internacional de Voleibol (FIVB) para competir profissionalmente entre as mulheres.

A saber, o Comitê Olímpico Internacional (COI) permite a participação de homens em competições femininas desde que tenha a testosterona controlada, sem a necessidade de mudança de sexo. A polêmica deve se estender mais um tempo, pois o COI pretende discutir o tema novamente após os Jogos Olímpico de Inverno, que serão disputados em fevereiro.

Estamos na torcida por Tiffany e que ela consiga chega à seleção brasileira de vôlei. O que você acha? Conte pra gente nos comentários.

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